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Manifesto Técnico da Literatura Futurista

Em 1912 foi publicado o manifesto técnico da literatura futurista, cujas propostas apresentavam uma verdadeira revolução literária. Entre elas, destacam-se:

É preciso destruir a sintaxe, dispondo os substantivos ao acaso, como nascem. Deve-se usar o verbo no infinito (…)
Deve-se abolir o adjetivo para que o substantivo desnudo conserve a sua cor essencial. O adjetivo é incompatível com nossa visão dinâmica uma vez que supõe uma parada, uma meditação.
Deve-se abolir o advérbio (…)
Cada substantivo deve ter o seu duplo. Exemplo: homem-torpedeiro, mulher-golfo, multidão-ressaca, praça-funil
Abolir também a pontuação (…)
A poesia deve ser uma seqüência ininterrupta de imagens novas (…)
Destruir na literatura o “eu”
Façamos corajosamente o “feio” em literatura e matemos de qualquer maneira a solenidade.

O Futurismo também vai defender o emprego de símbolos matemáticos no texto e também o uso da impressão tipográfica, até então neutra, para obter efeitos especiais: páginas impressas em linhas verticais, circulares e oblíquas, multiplicidade de tipos, cores,etc.

Evidentemente, nem todas essas propostas se firmaram na literatura. Contudo o verso livre ficou como uma das mais importantes contribuições do Futurismo e do Cubismo ás correntes contemporâneas.

 
 

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